Desabafo Eleitoral
Quis ser apartidária. Afinal ninguém é tão Deus a ponto de merecer adoração política. Vota-se com a consciência que lhe é agradável. Todo mundo com suas razões, ninguém certo por completo. Mas muitas coisas tem me chateado nesse processo eleitoral. Olha que não sou "ningas" para falar nada. Mas vale o desabafo.
Primeiro, e antes de qualquer coisa, lembre-se: a sociedade sempre terá problemas. Nada nesse mundo consegue atingir a perfeição divina. Somos todos homens. Então, não pense que da noite para o dia seu candidato escolhido DEVE conseguir, como num passe de mágica, melhorar as emergências dos hospitais, acabar com a violência e deixar o trânsito lindo. Sempre haverá pessoas doentes e hospitais particulares também lotam pronto socorro. A violência gratuita vem do ser humano (ainda que a constatação seja triste). Rivais de gangues continuarão se matando. Casais sem Deus podem ainda perpetuar brigas dentro de casa. E as pessoas vão continuar comprando carros.
Segundo, não julgue como quem desfere uma faca no outro. Consiga enxergar o que foi feito. Não generalize. Quem generaliza corre o sério risco de não ser levado a sério. Não ache que se reclamar em termos gerais vai te fazer mais crítico. E também não pense que julgar o voto do outro vai te fazer mais inteligente.
Terceiro, a burocracia ainda permeia todas as ações do governo. Não gaste revolta durante o processo das coisas. Lembre-se: TUDO é um processo. Quarto, NENHUM candidato é isento de um passado. Todavia, para um cargo público é preciso que seja, no mínimo, exemplo dentro da lei. E não é só afirmar: fulano não vale nada. Pesquisa!
Quinto, aqui eu falo sobre o Agnelo. Meu voto foi dele. E não porque eu amo o PT ou amei a gestão dele ou acho ele foda ou sou tapada (e aqui muitos vão falar: "coitada!"), votei nele porque ele conseguiu me fazer RE-amar minha cidade apesar de tudo. Esse sentimento foi consolidado na copa. E durante os anos anteriores eu vi muita coisa ser deixada pra trás. Mas um bocado ser feita também. E vi muitos que o rejeitam também expor sua felicidade por Brasília em junho. Agora a memória ainda curta, todo mundo esqueceu os que o precederam. Nem todas as coisas são fáceis!
Sexto, e último pra não ser tão apedrejada. Peço agora que, no segundo turno, não pesem as costas dos candidatos como se fossem super herois. Haverá felicidade e também frustração. Também não reclamem se nova caixa de pandora vier à tona daqui uns anos dependendo da sua escolha. Nem crucifique o nosso próximo governador como fizemos com o anterior. Tenha parcimônia ao falar. Tenha consciência de si mesmo. Recorde tudo que envolve a sua vida e as facilidades que lhe são usufruídas. Não seja hipócrita. Não coloque mais peso além do que eles já carregam.
Enfim... Agora, aliviada, eu, Maria Madalena, espero Jesus me salvar das pedras dos fariseus. E ainda bem que são fariseus.
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