O vazio pós-modernista

Nathália Coelho
(Escrito outubro de 2008)

Como anda a sua vida? Você está...

Sempre correndo,
Cheia de coisas pra fazer,
Deixando tudo para as vésperas, adoro procrastinar!
“Solteira, mas não sozinha”, ah... Só eu me basto!
Tentando seguir a tendência da moda,
De olho no próximo show que vai rolar...
Internet, Internet!
Conversando com Deus? Quando dá tempo... Preciso dormir né?

 E assim as coisas vão caminhando... Não se sabe pra onde, provavelmente para um abismo. Abismo cuja sua alma habita inerte e sozinha, tentando preencher-se com as situações cotidianas, mas acabando vazia... Pois falta. “Falta o quê?”, perguntarão os capitalistas. “Nós temos tudo, uma sociedade informatizada, um instrumento de navegação que nos deixa constantemente atualizados, cheios de amigos, bem relacionados, proporcionamos a vocês um espetáculo a cada pôr-do-sol, produtos para ficar como aquela bela modelo ou aquele jogador de futebol.” Eles dirão. E você concordará... É verdade. Eu sou livre para viver tudo isso... E o que importa a minha tristeza de casa se me alegro todo instante na rua?

O raso é mais próximo do que o fundo. É mais fácil de entender, mais rápido. A superficialidade hedonista ronda nossos lares, os antigos valores. E o mais importante... Vão afastando cada vez mais a sociedade de DEUS. O Único capaz de trazer o que falta.

Outro dia no metrô, uma garota chegou perto de mim e perguntou se eu queria conversar. Talvez ela tivesse percebido tristeza em meus olhos possivelmente marejados de lágrimas; e num gesto de solidariedade me ofertou seu ombro amigo. Acanhada, não me abri decerto, pois os fatos que me levaram a ficar naquele estado eram mínimos diante da beleza da minha vida. Aquele sentimento ia passar, certeza. Só precisava encontrar meus amigos e ver quantas pessoas boas estão ao meu redor. Pois bem, a atitude daquela garota foi o diferencial humano na massa fria que nos envolve. Confesso que depois ainda ri internamente daquela situação, “meu Deus... que será que eu tenho hoje, pra esse povo fazer isso?” Pensamento oriundo da conformidade do isolamento de cada um alheio ao sofrimento do outro. Esse sentimento já é intrínseco! E é por isso que devemos lutar contra!!

O maior ensinamento do Mestre dos Mestres foi: ...”amai-vos uns aos outros como Eu vos amo”... A meditação nessa frase dia-após-dia nos levará a uma mudança de atitude.

AMOR. Uma palavrinha tão pequena, mas que pode trazer a salvação para a humanidade. Partindo de gestos simples, corriqueiros.

Um olhar,
Um abraço;
Um sorriso;
Um passeio no parque;
Uma conversa com a família;
Um beijo;
Uma surpresa;
Uma mão amiga;
O silêncio para não constranger,
A palavra para consolar,
Um pensamento antes da ofensa;
O diálogo pela briga;
Um carinho;
Diante das diferenças, a ponte ao invés do muro.
O gosto doce de sentir cada momento

Vamos desacelerar o passo e colocar intensidade na nossa vida, floreando-a do amor...  Vamos conversar com nosso Melhor amigo Jesus Cristo, que nos acompanha e sempre estará lá, pois Ele sim, nunca nos abandona. E o seu vazio... ah o vazio! Mas... que vazio??   


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