Catástrofes naturais no mundo e em nós...

Nathália Coelho
(Escrito em fevereiro de 2010)
Diante de tantas profecias, produções cinematográficas cujo tema é o colapso da Terra, e, principalmente o noticiário que relata fatos reais sofridos por nosso Planeta, um sentimento de medo e precaução tem tomado conta da minha mente. Nada que me faça pirar desorientando meus atos, mas algo que incita uma preocupação reflexiva. De fato, a evolução da humanidade está avançando tão rapidamente que o nosso habitat, por muitos anos só receptivo de maus tratos, tem começado, com maior freqüência, revelar as conseqüências desse crescimento desmedido.
Só no início desse ano, presenciamos chuvas torrenciais em São Paulo, que provocaram, entre outras coisas, alagamentos, deslizamentos de terra, instabilidade asfáltica e medo na população. Assolada por um terremoto gigantesco no mês passado, a capital do Haiti, Porto Príncipe, foi destroçada, matando milhares de filhos daquele país e dos demais, que estavam em missão. Além disso, os deslizamentos de terra ocorridos em Machu Pichu ilharam outros milhares de turistas e na Itália, assustaram os europeus. Sem contar o iceberg que se deslocou nos mares antárticos nesta semana e por fim, o terremoto e tsunami no Chile, bem próximo de nós.
Pensando assim, todos os outros problemas parecem tão miúdos, afinal, do que adianta se preocupar com coisas produzidas pela humanidade se o espaço habitado por ela ameaça ter fim? Dificuldades criadas por nós, reveladas pela globalização e desequilíbrio evolutivo perdem importância quando está em jogo a sobrevivência dessa complexa sociedade. Em questão de segundos, tudo desmorona. De nada adiantou tanta evolução científica se parecemos estar à mercê de catástrofes naturais imprevisíveis.
Outro dia conversava com meu amigo escritor Luiz Raphael sobre essas questões. Ele tentava me acalmar dizendo que na verdade estamos passando por uma mudança na organização da Terra e o ápice dessa mudança não significa o fim do mundo, mas uma nova forma dele. Uma visão positiva de tudo isso. Entretanto, meus pensamentos acerca desses problemas não diminuem, mas ofuscam aqueles pontos menores, que dizem a respeito de brigas bobas, picuinhas que existem no meu círculo de convivência. E sabe, essa é a lição.
Temos que tornar nossa vida prazerosa, boa e leve antes que algo maior nos tire o direito de estarmos ao lado de quem amamos e queremos bem. Demonstrações de carinho e afeto só valem enquanto estivermos juntos. Vamos diminuir as tensões por motivos bobos. Vamos valer a pena cada segundo “na tenda do outro” (como diz o Pe. Fábio em seu livro Carta entre amigos), aliás, vamos deixar adentrar o mundo um dos outros, vamos tentar ser alguém na vida de alguém. Ninguém cruza nosso caminho por acaso, ninguém fica por acaso. Se o mundo físico ameaça o fim do mundo humano, vamos aproveitar o tempo que nos resta aqui.
Depois do aqui, é só especulação. Mas uma coisa é certa: para quem vive em Cristo, a morte não é o fim, é passagem! Esperemos em Deus então, porém Ele mesmo disse... “orai e vigiai”...!
... e ponto final!

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