Das reflexões da noite.

Irmãos brincando na casa da avó - Formosa/GO
A maior deserção da pós modernidade é a do ser humano por ele mesmo. Hoje em dia prioriza-se o efêmero em detrimento de sólidas histórias. Prefere-se a superficialidade do que as relações profundas, nas quais é necessário a doação de si mesmo e a valorização do outro. 

É mais fácil ficar só na porta do mundo de alguém do que adentrar territórios e construir uma casinha nele. Cultiva-se flores de plástico. Já vêm prontas, não precisam de cuidado diário. Pode-se ficar com ela durante uma semana e em seguida trocar ou jogar fora. 

Ama-se mais o status de ser, do que o ser de fato. E por falar em amor... o máximo que se encontra dele é uma balinha de "TicTac" divida em dois. (E o pedaço não é para dar ao outro e sim para comer mais tarde...) Confunde-se amor próprio com egoísmo e egocentrismo. Foca-se no corpo e se esquece de que ele é abrigo de um espírito... 

O máximo que se constrói é um castelo de cartas. Perdeu-se pelo caminho a paciência no escutar. E todos querem falar falar, falar, falar de coisas tão banais. E ai de mim condenar frivolidades! Não é isso. É que poucos se deixam conhecer em seu interior. Poucos têm a coragem de ser quem é sem ter nada a esconder. Poucos priorizam a verdade de ser a si, assim... ser humano nu, tal qual veio ao mundo. 

E quando se observa um movimento contrário, (como a construção de famílias, casamentos), descobre-se no fim que as convenções falaram mais alto do que o sentimento de querer, e daí parte-se para a mentira, a vida de aparências. Os estímulos da era atual têm criado vários pares de óculos que impedem e distorcem a nossa visão de vida. 

E criam a falsa ideia que é mais fácil viver na margem. Sofre muito aquele que é dado a profundidades. Deus permita que aqueles que decidiram nadar contra a maré possam um dia mudar o curso das coisas e ajudem a transformar esses corações pós modernos. 

Que a semana seja de verdade. 
Sejamos de verdade! Sejamos!

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