Das dores do mundo



Deito como quem adoece
numa noite úmida e sombria
A lua tenta iluminar
... em vão. 
O corpo hoje quer solidão
descansar do peso do existir.
Clamo contra essa poesia ingrata!
Insensata.
Insiste em ser rio corrente 
em momentos de poça de lama. 
Quer  derramar-se 
quando só se quer parar
Vive da contradição

Sinto em meus ombros
o peso das mazelas do mundo
O filtro da hipersensibilidade
se esvaiu em pó
Para dentro de mim 
o chorume da humanidade
invade como tsunami
flui tudo e mais um pouco. 
Sufoco, engasgo, estafo, choro
s.i.l.e.n.c.i.o
Basta, ponto final nessa história.
Ledo engano...
Só hoje, doarei ao mundo minhas reticências
sem ponto de exclamação 

(...)

Comentários

  1. Gente do céu! Coisa linda de Deus! Vida! Que poesia maravilhosa, profunda... Nathália Coelho, que um dia possam reconhecer-te como a poeta que és!

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  2. Perfeito! Cada um faz uma interpretação diferente quando lê um poema. A minha é: Bem-vinda a redação !

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  3. Um poema LINDO! Digno de Nathália Coelho!

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