Aflição
Nathália Coelho
(Junho de 2008)
Sentada num tapete rosado
Observava você passar.
Caminhava por entre nuvens de pensamentos
ao som de uma cantiga romântica.
De repente saltou o riacho
E já na beira da estrada acenou para mim.
- Não vá meu amor, não me deixe aqui
Eu dizia baixinho só pro meu eu ouvir.
Onde estão os cuidados prometidos
Nas infinitas juras de amor?
Cuidados destinados à outra
Que outrora chegou.
Destino que misturava o presente e futuro
Em devaneios sem fim...
E aos poucos o rastro das tuas sandálias
virava fumaça
no meio do imenso jardim.
Levantei-me e fui ao seu encontro
Em vão...
Não há mais jeito
Um amor desfeito
Desfalece no chão
Minha face ainda brilhante das lágrimas
Expressava um desconsolo envolto da raiva
De ainda te querer.
Fatos da vida passavam como um filme
Cenas se fundiam num único ser
O nada era tudo
Eu e você
O vácuo se enchia
Eu e você
De sobressalto arrancam-me do mundo
Acordo assustada e você está lá!
Ao meu lado dormindo em meus braços...
Era só um pesadelo
Um sonho esquisito
Na madrugada escura
Os vultos da meia-noite que de forma abrupta
Tentam levar-me a felicidade!
Poxa, assim ninguém visitam eu blog, com estes poemas eclipsando os meus =P
ResponderExcluirEstá ÓTIMO!
Muito sucesso, Nath!!!