... e de repente
Nathália Coelho
(Escrito em março de 2009)
... No meio do caminho você cria uma pedra.
pequena de início, mas que insiste em não sumir.
"Isso é só imaginação, falta de confiança. Você não está aí!"
Mas... ela permancece.
E a pequena brita, vai virando um rochedo.
Engolindo, sufocando, impedindo-te de passar.
"Vou pulá-la pela esquerda."
Braços alongados te jogam para trás.
Pela direita...
espaço estreito demais.
Sobre sua cabeça, o céu azul celeste.
Nada de nuvens, neblinas e nem sinal de tempestade.
No seu mundo, angústia, desânimo e desistência.
Lá fora, um raio de sol marca sua sombra na pedra-muro.
Seus olhos se voltam para a projeção.
Instante de reflexão.
Bam! Você te aguarda em frente à pedra!
Descanso. Paz interior.
Suas pernas sentem a terra quente da estrada.
"Esperarei a pedra ir embora, calmamamente."
Mas enquanto isso, você vai esculpindo uma bela borboleta no pedregulho
Ela diminui, e você ainda trabalha.
Um dia, alguém toca em seu braço.
Levanta a cabeça e lá está você.
A pedrinha na sua mão salta em voo.
O caminho é livre novamente.
Som dos passos.
Dessa vez, cada vez mais largos
O passado e o futuro se fundem no presente.
A sua frente, uma longa estrada a percorrer
além das várias pedrinhas para transformar em borboletas...
...mas uma sensação no peito de "Você consegue!"
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