Relatos de verão...

Nathália Coelho
(Escrito em janeiro de 2010)
Eu queria um pouco de inspiração para divagar sobre as coisas da vida... Sentimentos que, repentinamente, nos assolam e nos levam à reflexão... Quem sabe um pouco de ideias que trilhassem uma caminhada poética e romântica por entre versos escritos e que, no fim, se tornassem aquele conjunto bonito de se ler. Mas ainda não veio a luz... Talvez esse pequeno texto tente empurrar para fora alguns pensamentos latentes oriundos de produções culturais e literárias que tenho “sentido” nos últimos dias.
Confesso que, de modo preguiçoso, tenho lido, ouvido, visto (longe das minhas metas de férias), mas tudo feito com bastante significado... Como cantarola o personagem de São Francisco de Assis no filme “Brother Sun, Sister Moon”, “do few things but do them well” (faça pequenas coisas, mas as faça bem). Mesmo que lento, cada descoberta trouxe mais lenha à fogueira da mente, que crepita feliz ao encarar o novo. Sim, toda essa bagagem acrescentada é fomento para o exercício da escrita. Mas, algo imaturo não permite o desenrolar dos pensamentos.
Lembranças também têm enchido de alegria meus dias de veraneio. Rever meu pai, meus parentes e apreciar a chegada de alguém querido trazem emoções capazes de preencher a alma. Além disso, olhar para trás e, repentinamente, sentir brotar um sorriso dos meus lábios me faz recordar o quanto Deus é bom. Essas sensações também estimulam a escrita. Não só a observação do ambiente ao seu redor, mas o olhar para dentro de si. Será que tenho cuidado de preencher o vazio que sugere o mundo?
Mais uma vez sim! Ou não... Afinal nada é verdade absoluta, e como bem disse o Pe. Fábio de Melo, vivemos em constante caminhada. Sempre seguindo em frente, mas sem saber aonde vai chegar, se vai chegar, se pegou o caminho certo... “Sem você são ermos os caminhos”, já poetizava Florbella Espanca... e num emaranhado de recordações e flashes de memória, acho que é hora de cessar esta escritura.
Quem sabe, como fazia Clarisse Lispector, essas linhas transformem-se numa metalinguística crônica ao olhos dos escassos leitores deste blog. De fato, precisei escrever para dizer que ainda não estou conseguindo escrever!
Acho que é um bom fim, para um bom começo de outro post! E assim vamos seguindo querendo a paz, ansiando por amor...

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