Roteiros adaptados à vida.
Nathália Coelho
(Escrito em dezembro de 2010)
Decidi escrever uma nova história. Ainda não sei se ela será efêmera como um roteiro de cinema ou mais longa como uma telenovela. Vai depender do percurso que os atores querem percorrer. Sim, o escritor só tem domínio sobre eles no momento de sua criação, depois eles que conduzem o lápis e seguem com seus conflitos, personalidades, contextos que se cruzam. O autor pode até ter um leve estalo de como vai ser o desfecho do desenrolar dos fatos, mas as ideias são mutáveis e acabam seguindo outros caminhos.
Todavia, talvez as personagens já estejam vivas dentro da mente do escritor, latentes para ganharem forma no papel, TV ou rádio. A inspiração é o trem que os leva a realidade. Talvez as personagens sejam oriundas dos convívios do escritor e das pessoas que o rodeiam. É a vida ditando a literatura. Talvez, em sonho um ser é criado. É o inconsciente querendo manifestar-se.
Tudo é escrita. O mundo é a poesia de Deus. Tudo é leitura. Textos mais duros, céticos e sem sentimento não deixam de ser textos. E também passam emoção. Prosas carregadas de amor e romance também são prosas. E também passam emoção. Todo ser humano tem amor, mesmo que escondido. E quem diz que 'odeia', acaba amando ao contrário...
Todo mundo tem uma história digna de livro. Até a normalidade pode ser retratada. Basta a sensibilidade dos olhos. Portanto, a história que vou escrever é como as reticências, sem fim, que se arrasta, volta e vai. Não colocarei ponto final porque ele nunca é final! A vida é cíclica. E é nessa roda gigante, com o eixo chamado Deus que as personagens vão viver. O tempo é o ontem, o hoje e o amanhã. Deixa o eixo ditar os dias e as páginas a serem preenchidas.
O ponto final é vírgula e o último suspiro é o primeiro de uma novo amanhecer.
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