Esconde-esconde
"Não tenho mais idade pra brincar de esconde-esconde. Vem me pegar." (Martha Medeiros) |
Vivo brincando de me esconder. Essa é a verdade. Descobri-a no momento em que eu mais queria ser achada por alguém. Não qualquer alguém. Mas aquele que é bem-vindo no território. E não só me encontra, mas é dotado da coragem necessária para desbravar o terreno empoeirado que anseia por visitas. E, ao procurar por mim mesma em outra pessoa, nessa batalha de relacionamentos, me vi acuada no canto, como quando criança ao brincar de 'pique - esconde'. O canto era tudo. Os óculos, as palavras, o computador, o trabalho, minha casa, minha família, os amigos, as redes sociais. Até mesmo os valores e princípios viraram esconderijos.
Embora a graça da brincadeira infantil esteja em ninguém te encontrar, na vida real, extraordinário é acontecer o contrário. Como num milagre divino, a gente espera a hora do cutucão nas costas e do grito bem alto: 'um, dois, três, fulano!' Mas as coisas não são assim. Não é achado quem se esconde. Ninguém vai bater na porta de casa e falar: 'Oi, vim te descobrir!' Nããão! Eis um problema. Inconscientemente buscamos boas novas em nossas vidas nos esquecendo de vivê-las, por vezes. Queremos, desejamos, rezamos para que algo aconteça sem sair do lugar. Assim não há 'pique-esconde' que se transforme em 'pique-pega'!
Já entendi que preciso quietar com esse jogo de sumir. Para tanto, basta meu inconsciente partilhar da minha decisão e querer ser flor, ao invés de broto eterno. Fazê-lo entender isso que é o difícil. Afinal, entre eu e mim mesmo há tantos vales inabitados, lugares inexplorados... E por mais que eu ache que tenho em mãos o mapa que me leva aos caminhos do coração, posso me perder na estrada, cair em emboscadas se me sinto estar sem armas...
Por isso, quando me enxerguei em um desses vales esquecidos, me toquei de quem realmente estava à espera: de mim mesmo! E me encontrando, entro em sintonia com a vida, brilho mais, tenho firmeza ao passear por entre as árvores. Tudo é mais claro! Enxergo o eixo de equilíbrio. Transito por entre os lados sem perder o rebolado. Confio e amo mais, sem pestanejar! Na verdade, distribuo amor por aí e ainda explodo amor por mim. E aprendi: 'No pique-esconde' da vida quem não encontra a si mesmo nunca estará pronto para ser desvendado pelos outros... É!
(Nathália Coelho)
Já entendi que preciso quietar com esse jogo de sumir. Para tanto, basta meu inconsciente partilhar da minha decisão e querer ser flor, ao invés de broto eterno. Fazê-lo entender isso que é o difícil. Afinal, entre eu e mim mesmo há tantos vales inabitados, lugares inexplorados... E por mais que eu ache que tenho em mãos o mapa que me leva aos caminhos do coração, posso me perder na estrada, cair em emboscadas se me sinto estar sem armas...
Por isso, quando me enxerguei em um desses vales esquecidos, me toquei de quem realmente estava à espera: de mim mesmo! E me encontrando, entro em sintonia com a vida, brilho mais, tenho firmeza ao passear por entre as árvores. Tudo é mais claro! Enxergo o eixo de equilíbrio. Transito por entre os lados sem perder o rebolado. Confio e amo mais, sem pestanejar! Na verdade, distribuo amor por aí e ainda explodo amor por mim. E aprendi: 'No pique-esconde' da vida quem não encontra a si mesmo nunca estará pronto para ser desvendado pelos outros... É!
(Nathália Coelho)
"Não é achado quem se esconde." Grande Nath!
ResponderExcluirQue lindooooo! Adorei o Pique-pega! rsrsrsrs
ResponderExcluirGente, que profundo. Que real! Então a culpa é nossa? rsrsrs
bjos