25 anos.
Exposição Obsessão Infinita, Yayoi Kusama - CCBB Brasília |
A vida é um sopro. E a continuidade dela, a respiração. Se a troca dos gases cessar, pelo menos para a Terra, perecemos. É do fôlego que os dias são feitos. E do pulmão vem a força para seguir em frente. São os ventos que trazem as alegrias e tristezas da estrada. Alguma vezes é brisa leve, em outras, vendaval.
Quando criança, aprendemos a brincar e admirar um balão que infla e se preenche de ar, cresce e estoura... Assustamos, mas logo temos outro e tudo está feliz de novo. Quando adolescente, nem ligamos para os balões. Também não percebemos que estamos nesse processo de inflar, preencher e estourar... E de fato estamos.
Já na vida adulta, os balões voltam a ter cor. E podem ser observados lá no alto, voando no céu azul. Seguem avante e sempre acima, como os nossos sonhos. Às vezes, entendemos que somos como um balão. E a busca na maturidade é por esse eterno preenchimento de vazios... Nunca queremos estar murchos (nem por dentro e por fora). Mas às vezes acontece...
Também compreendemos a importância de parar por um instante e sentir (e ouvir) o ar da natureza. Já não importa se os cabelos voarem para o rosto. Queremos mesmo é a vibração desse vento batendo no carro correndo na estrada. A cena pode ser também em uma praia, ou em floresta, parque, cachoeira. Enfim aprendemos (ou reaprendemos o que já sabíamos na infância) a apreciar essas pequenas e prazerosas coisas da vida.
O vento também pode trazer medo. E quando forte demais, destruir construções, provocar confusão. Mas depois pára e ameniza. E o aprendizado está em RE-construir. Daí a gente aprende que todas as coisas têm dois lados, vários lados, milhares de relatividades...
Enfim, essa é a vida mesmo. Tudo relativo, tudo indo e vindo como o vento. Sempre envolto nesse constante movimento de esvaziar-se, preencher-se, estourar-se e começar tudo outra vez. Hoje o ar que respiro vem para renovar 25 primaveras. Tenho muitos desejos para essa nova fase. Mas o maior deles é aprender a valorizar e escutar esse ar que sai e entra em mim. Quero respirar. Respirar e seguir nesse compasso.
Quero muito ar nesses pulmões para continuar a galgar o hoje. Sempre o hoje.
Parabéns para mim!
Parabéns para mim!
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