das palavras vazias...

Todo discurso se torna vazio e pedante quando vem de fora para dentro. Por isso é tão fácil banalizar as palavras de um político, de uma religião, de qualquer coisa. É superficial e de fachada, quem usa a linguagem para criar uma postura ética e moral, humana e amorosa, que existe apenas da boca para fora. Desconfie de quem só fala. Desconfie de quem necessita ficar o tempo todo se auto afirmando, se auto elogiando, se auto construindo. Desconfie da falta de humildade. Provavelmente se trata de um humano tipo "castelo de cartas". Basta só uma brisa para cair por terra.
Hoje fiquei pensando nessas coisas, ao me deparar com a liberdade prometida pelo cristianismo. Jesus liberta porque propõe uma transformação do interior para o exterior. "Aceitar Jesus" não é sair por aí falando sobre Ele, impondo goela abaixo uma doutrina. É daí que nasce e rejeição, a negação, o ódio. Nasce da hipocrisia típica dos fariseus. Eu diria até que a palavra não é aceitar, no caso dos cristãos. É viver. VIVER.
Viver Jesus é tê-lo como espelho. É compreender-se na vida Dele. É entender que se amar primeiro, não tem necessidade de construir a si mesmo pra ninguém. O amor primeiro consegue significar tudo que vem depois.
Se o amor permeia o coração, não vai precisar se fazer em nada. Vai saber que é humano, e, por isso, incompleto. Da incompletude, nasce a humildade. E da humildade, o olhar equivalente ao outro. Um olhar de igual para igual. E se cruzar o olhar, vai enxergar o próximo. Vai ver que não é melhor que ninguém. E se entender isso, o amor ao outro é possível se colocar no lugar dele.
Jesus não só falou, mas viveu literalmente. Sem muita teoria. A liberdade está em ser tão verdadeiro consigo mesmo, que, por saber-se incompleto, vive a inteireza de não necessitar de nada que vicia, desvirtua, impõe uma máscara. Aceita a si mesmo e seguir a difícil missão de equilibrar-se. A liberdade está em descortinar a vida. (...)

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