Voou.
Leves penas voaram
até ficarem pequeninas
Onde as mãos não alcançam
Nem se possa enxergar.
Jogou a toalha e sentou
Olhou o parque ao redor
Comeu uma uva
Fechou os olhos
Des-cansaNdo
Bolinha de papel
Amassada
até não poder mais
Sumiu pela lixeira
com o peteleco
que levou
Sentiu então
O movimento de seu pulmão
E entendeu que todas as coisas
Vêm da respiração.
E acalmou-se.
O que é de liberdade
Libertar.
O que é de tranquilade
Serenar.
O que dever ir embora
Dar tchau.
O que é de permanecer
Voltar...
E aquilo que não é seu
Devolver.
Ou é um pouquinho,
Compartilhar.
E o que não é ponto final,
Reticências.
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